Things happen...

Ora bem... Embora ainda não tenha acabado o relato de gent, embora ainda falte liége... Há coisas que entretanto se me aconteceram que precisam de ser relatadas o quanto antes!

Não, não são as férias em portugal... Este blog é para português ver, não faria sentido por-me a divagar sobre esse meu pais... foram mesmo coisas que me aconteceram depois de regressar a terras belgas...

Primeiro, e por maior que seja a vergonha que me invade (depois de lerem vão perceber) tenho de contar o episodio no aeroporto...

Emigrante que é emigrante quando vai ao pais natal que leva? Bacalhau, vinho do porto, café... Tudo coisas que as pessoas levam, mais ou menos, como maior ou menor descrição. Quem me conhece sabe bem que descrição não é o melhor dos termos para me definir...

Como eu já tinha excesso de peso na bagagem que ia para o avião, tive de levar na bagagem de mão o belo do bacalhau, a bela da cafeteira, umas garrafazinhas de vinho do porto e ainda uma garrafa de licor de leite que uma das minhas tias me preparou com todo o amor e carinho.

É ÓBVIO que aquilo apitou, ou lá se apitou... Imaginem portanto a minha cara, com uma fila de pessoas há espera, qd abri a minha mala e comecei a sacar do belo do bacalhau e afins... Bonito bonito foi o licor de leite...
-Que é isto?
-Olhe, é um licor muito bom que a minha tia me fez.
-Posso cheirar?
-Oh amigo, até pode beber se arranjar um copo...

Isto tudo com o já conhecido par de tomate nacional a gritar: Oh susana, eu não te conheço...
É claro que não me conhecem... Sabem o meu nome porque eu ando com ele escrito na testa...

Por falar em testa, passamos de imediato para a passada terça feira...
Ia esta bela moça que vos escreve descansadinha ter a casa do tomate nacional (entenda-se andreia pocket e xanna maria) de mãos nos bolsos (claro, com o frio que está queria vos ver a vocês a praticarem liguagem gestual na rua!). Como diz o meu bom amigo Miguel: eu sei que estas coisas acontecem, mas porque raio só me acontecem a mim?!?!
Recordo como se fosse ontem... Era altura de lusco-fusco, o delirio, a loucura, o desvaneio total, as luzes da rua apagadas... Susana Rocha, bela, caminhando docemente como uma deusa andando sobre água sem molhar os pés, não vê o passeio... Imagine agora o caro leitor que vai a caminha levemente, como um elefante saltitanto de nénufar em nénufar, tropeça, com as mãos nos bolsos, que acontece? Ora, é tão inevitável como Mario Soares dizer baboseiras, baterá com toda a certeza com os seus respeitosos cornos no respeitoso firmamento. Foi exactamente isso que me aconteceu... O pior foram os óculos que fizeram o favor de me deixar um ferida que ficará para a vida, para me lembrar sempre de não cometer excesso durante o lusco-fusco...
A senhora da farmácia ainda disse que conhecia uns médicos... Oh mulheri, atão vocemesse nã sabe que isto cura-se com canja e cautelas?
(fica a foto...)


Adiante... Tudo isto tinha ficado meio diluido e quase que esquecido não fosse o acontecimento de hj... Os meus astro não estão alinhados, definitivamente... Venho eu de fazer a laundry, cheia de roupa (lavada é certo), entro no elevador, carrego no meu andar e pimba! Dps da vergonha no aeroporto, dps do tralho monumental (só faltava alguém ao lado a gritar: MADEEEEIIIRA) Fico presa no elevador... Ainda dei uns saltinhos a ver se desencalhava mas nada... Toca de tocar ao alarme... Lá me apareceu um vizinho (é sempre uma boa técnica para conhecer a vizinhança que fez a gentileza de chamar os bombeiros... Tive direito a quatro bombeiros à pora para me salvarem da torre de babel que se havia tornado aquele elevador...

Meus meninos, queridos azarados deste mundo, DESISTAM!!! eu ganho...